Por Lucio Henrique Spiazzi Algerich Antunes
Advogado – OAB/RS 117.895
Email: lucio.antunes@jobimadvgoados.com.br
O momento é propício, isto todos sabemos. Afinal, os juros brasileiros nunca estiveram tão baixos. As taxas da mesma forma. E a liquidez do mercado em verdadeira inundação.
Assim, rever suas dívidas, especialmente da sua empresa parecem óbvias, pois a situação converge para essa tomada de decisão. Porém, revê-las em um primeiro momento pode parecer fácil, pois basta ir ao banco/financeira e renegociá-las – taxas mais baixas, períodos maiores. Isso, qualquer um faz!
O salto então, está em fazer não apenas isto – o que é obrigação – mas, visualizar seu custo de capital próprio, seu risco de negócio e claro, quanto do capital de terceiros você pode se financiar.
Às vezes utilizar recursos de outros é vantajoso, às vezes nem tanto. Isto, na verdade dependerá de quão organizado você está. Quão disposto está para se estruturar e incorporar finanças a rotina do “compras” da sua empresa, ou implementar planejamento financeiro frente a contabilidade tradicional que é feita.
O momento é de rever dívidas. Mas, somente fazer isto, é perder a oportunidade de baratear sua operação, maximizá-la, ou então realmente ver que pode estar tomando decisões equivocadas, especialmente no seu capital de giro.
Dívidas são na verdade estratégia financeira, e não simplesmente “pegar dinheiro porque não se tem em caixa”.
Portanto, termos como “prazos médios”, CAPEX, “Depreciação”, “risco gerencial”, necessitam ser partes do dia a dia empresarial, para que a renegociação em si, faça sentido. Por que afinal, há um mercado financeiro. Dinheiro não precisa ser tomado em banco!